A Imprensa de Língua Portuguesa no Oriente
José Augusto dos Santos AlvesEstes periódicos, que escapam à investigaçqão, vão sendo, na medida do possível, referenciados - em segunda mão - ao longo desta obra. Na verdade, a sua pesquisa tornou-se impraticável e o acesso aos mesmos impossível, uma vez que não existem menções deles nos arquivos e bibliotecas, quer de Portugal, quer de Macau, Goa, Damão ou Bombaim. Todas as tentativas efetuadas para os encontrar, seja localmente - Macau e Goa -, seja através de troca de informações - Bombaim -, esbarraram com uma razão inultrapassável: a suaq atual inexistência física, apesar de estes terem tido vida própria, como se confirma pela referência dos seus títulos em outros periódicos seus contemporâneos que chegaram até nós.
Todavia, este estado de coisas, ou da arte, não impediu que, no decurso de um estudo cruzado, feito através dos periódicos aqui pesquisados, nos permitisse traçar uma panorâmica, ainda que breve, sobre o seu posicionamento, por exemplo, no campo da política, entre outros aspetos, em casos como os de: 0 Pregoeiro da Liberdade em Bombaim. Bombaim, 1838-1846; O Pharol Macaense. Macau, 1841; 0 Observador. Nova Goa, 1839-1840; A Voz dos Povos da índia. Nova Goa, 1845-1846; A Sentinella da Liberdade na Guarita de Damão. Damão, 1837.
Apesar do acesso a um número limitado de exemplares, a comparação com outros periódicos - como O Encyclopedico: Jornal d’Instrucção e Recreio. Pangim, 1841-1842; 0 Echo da Lusitania. Goa, 1836-1837 e a Chronica Constitucional de Goa. Goa, 1836-1837 - permitiu-nos dar uma perspetiva mais ampla, complementada por uma leitura cruzada de periódicos de coleções mais extensas, como é o caso das de Macau ou de Bombaim.